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Venezuelanos buscam abrigo em aldeias indígenas de Roraima

Centenas de migrantes que fogem do colapso econômico na na Venezuela estão buscando abrigo em comunidades indígenas do lado brasileiro da fronteira.

O movimento ocorre enquanto crescem as tensões entre venezuelanos e brasileiros em cidades – que culminara com conflitos em Pacaraima (RR) há duas semanas, quando moradores queimaram pertences de migrantes após uma tentativa de assalto atribuída a estrangeiros na véspera.

Coordenador do CIR (Conselho Indígena de Roraima), organização que representa 237 comunidades indígenas no Estado, Edinho Macuxi afirma que os venezuelanos estão dormindo nas casas dos moradores, com quem negociam os termos da estadia: muitas vezes, os estrangeiros se comprometem a ajudar com os trabalhos na roça ou outras atividades durante a permanência, que costuma durar alguns meses.

Conferência de mulheres indígenas em Roraima

Ele afirma que muitos moradores estão descontentes com a movimentação dos estrangeiros e com seu impacto sobre os serviços públicos e temem que os venezuelanos jamais deixem o território.

“Quando você tem uma comunidade de 300 pessoas e de repente tem de atender 600, a situação que já não era boa fica ainda mais complicada”, afirma.

No último sábado (01/09/2018), um grupo de indígenas protestou na BR-174 em Pacaraima, pedindo um controle mais rígido na fronteira. Em maio de 2018, três organizações indígenas de Roraima se declararam a favor da proposta da governadora de Roraima, Suely Campos (PP), de fechar a fronteira temporariamente.

A posição, porém, não é unânime entre os índios do Estado – especialmente entre os que mantêm laços com indígenas venezuelanos.

Fonte: BBC.

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1 em cada 4 brasileiros terá mais de 65 anos em 2060, aponta IBGE

A população brasileira está em trajetória de envelhecimento e, até 2060, o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. Ou seja, 1 em cada 4 brasileiros será idoso. É o que aponta projeção divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, a fatia de pessoas com mais de 65 anos alcançará 15% da população já em 2034, ultrapassando a barreira de 20% em 2046. Em 2010, estava em 7,3%.

A pesquisa mostra que em 2039 o número de idosos com mais de 65 anos superará o de crianças de até 14 anos, o que acelerará a trajetória de envelhecimento da população. Atualmente, a população com até 14 anos representa 21,3% dos brasileiros e cairá para 14,7% até 2060, segundo o IBGE.

Já a faixa entre 15 e 64 anos, que hoje responde por 69,4% da população, cairá para 59,8% em 2060.

IBGE: projeção da população brasileira (Foto: Fernanda Garrafiel/G1)IBGE: projeção da população brasileira (Foto: Fernanda Garrafiel/G1)

IBGE: projeção da população brasileira (Foto: Fernanda Garrafiel/G1)

Idade média é de 32,6 anos

Atualmente, a idade média da população brasileira é de 32,6 anos. Em 2010, era de 29,2 anos. Pelas projeções do IBGE, em 2037 já estará acima de 40 anos, chegando a 45,6 anos em 2060.

Hoje, para cada 100 pessoas em idade para trabalhar, há 44 indivíduos menores de 15 anos ou maiores de 64 – patamar maior que o de outros emergentes como China (37,7) e Rússia (43,5), mas ainda bem abaixo ao de países desenvolvidos e com elevado percentual de idosos como Japão (64) e França (59,2).

O estudo mostra que também é possível medir o envelhecimento populacional comparando a população com 65 anos de idade ou mais e os menores de 15 anos. Atualmente, são 43,2 crianças de até 14 anos para cada grupo de 100 idosos com 65 anos ou mais. Já em 2022, o índice subirá para 51%, superando os 100% em 2039, o que indicará a o país passará a ter mais idosos do que crianças.

Segundo o IBGE, o Rio Grande do Sul será o primeiro estado que experimentará uma proporção maior de idosos que crianças de até 14 anos, o que deverá ocorrer em 2029. Em 2033, será a vez de Rio de Janeiro e Minas Gerais. Estados mais jovens, como Amazonas e Roraima, continuarão com mais crianças que idosos até 2060, segundo o IBGE.

A taxa de fecundidade também deve continuar caindo no Brasil, segundo o IBGE. Atualmente, é de 1,77 filho para cada mulher. Pela projeção, deverá cair para 1,66 em 2060. Em 2010, estava em 1,75 e chegou a 1,8 em 2015.

A idade média em que as mulheres têm filhos é atualmente de 27,2 anos e, segundo o IBGE, chegará a 28,8 anos em 2060.

Já a projeção para a expectativa de vida do brasileiro ao nascer – atualmente de 72,74 anos para homens e 79,8 anos para mulheres – é alcançar 77,9 anos para homens e 84,23 anos para as mulheres em 2060.

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Mercado de trabalho não reage e 13% dos brasileiros queimam poupança em gastos do dia a dia

Corda no pescoço (Foto: Arte/G1)

 

Embora a parcela de brasileiros que use recursos guardados já tenha sido maior, sobretudo quando a crise econômica estava mais intensa, os últimos meses têm mostrado uma resistência à queda do indicador e até mesmo uma leve piora.

A pesquisa do Ibre/FGV leva em conta todos os tipos de reservas financeiras. Para a caderneta de poupança, os dados do Banco Central até mostram que os valores depositados superaram os saques em R$ 5,6 bilhões no mês de junho.

Os últimos dados do mercado de trabalho frustraram os analistas. A expectativa era de que a economia brasileira cresceria mais neste ano e, consequentemente, a criação de emprego teria uma recuperação mais robusta, aliviando o orçamento das famílias.

No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego ficou em 12,7% e atingiu 13,2 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Números do SPC Brasil também mostram um comportamento parecido com os do Ibre. Em maio, a entidade apurou que 40,5% das pessoas consultadas fizeram uso de reserva financeira para diversas finalidades. Desse total, 4,5% utilizaram as reservas porque ficaram desempregadas e 7,4% porque não tinham dinheiro suficiente para pagar as contas.

 Na compra de item de um maior valor, por exemplo, é natural que se use a reserva. O problema é quando essa reserva para a ser usado constantemente e aí a pessoa tem de partir para o crédito, como tem acontecido com grande parte dos brasileiros:

Faixa de renda Gastam poupança com despesas Estão endividados
Até R$ 2.100 8,2% 15,1%
De R$ 2.100 a R$ 4.800 16,3% 15,5%
De R$ 4.800 a R$ 9.600 15,0% 8,4%
Acima de R$ 9.600 16,1% 3,7%
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