Hoje celebra-se o dia Das Crianças e também o dia de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil.
O que nós esperamos é um país mais seguro, onde as crianças cresçam felizes, sem medo de brincar na rua, que tenham oportunidade de estudar, que tenham hospitais para cuidar delas e que tenham uma estrutura em que possam crescer saudáveis, inteligentes e com oportunidades e que também aprendam a ter respeito e amor pelos mais velhos.
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Votando no exterior

Embaixada brasileira em Oslo.
A biriguiense Patricia Basseto está vivendo há quase um ano em Olso, na Noruega e divide conosco a experiência de votar no exterior:
“Em abril ou maio eu vi através do Facebook da Embaixada que eu devia ir lá e transferir meu título para poder voar nas eleições. Fui lá, e havia cerca de cinco pessoas sendo atendidas por duas funcionárias. Elas foram bem educadas mas a verdade é que a gente tinha que fazer toda a transferência por nós mesmos através do próprio celular. Fiquei lá cerca de uma hora e meia, vi gente indo embora e desistindo porque achou que estava perdendo tempo. Realmente se tinha que ir na embaixada para poder transferir o título, teria que um funcionário fazer isso ou ter computador à disposição para que os brasileiros pudessem fazer isso. Vi uma família com crianças pequenas que estava reclamando que estava lá fazia horas.
Ok! Título transferido, recebi por e-mail a confirmação de que poderia votar aqui.
A Embaixada brasileira em Oslo fica em uma das regiões mais caras da cidade, em Bygdøy, onde há também muitas outras embaixadas por perto. No dia 7 de outubro, a votação foi permitida das 8:00 às 17:00 como acontece no Brasil. Quando fiz a transferência do título podia ter me oferecido como mesária, mas não o fiz. No exterior a única opção de voto que temos é para presidente. Não há opção para votar em ouros cargos, então a votação é bem rápida.
Cheguei, apresentei meu título digital no celular e votei. A comunidade brasileira na Noruega não é grande, havia 1500 eleitores cadastrados e apenas cerca de quinhentos votaram, isso porque os eleitores podem votar apenas em Oslo e muitas pessoas vivem há mais de 2000 quilômetros da capital norueguesa.”
Quem mora no exterior, mesmo que tenha outra cidadania, tem direito de votar nas eleições brasileiras e é importante fazer isso, porque seu vínculo com o país permanece através de sua família e amigos e também de um possível retorno em viver no Brasil.
Orçamento para lavar carros de deputados é três vezes maior que o do Museu Nacional

A tragédia no Museu Nacional estava anunciada há muitos anos, nos últimos cinco anos, contudo, sofreu seguidos cortes drásticos e a previsão para 2018 era de que apenas 205.821 reais fossem repassados para instituição, que é subordinada à Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A gestão de Michael Temer (MDB) investe menos no Museu Nacional do que a Câmara dos Deputados na lavagem de seus 83 veículos oficiais ou que o próprio Poder Executivo na manutenção do Palácio da Alvorada, a residência presidencial que está desocupada. Em 2018 a Mesa Diretora preveem gastar 563.000 reais em dinheiro público para deixar seus carros limpos. O valor é 2,7 vezes de fato destinado ao primeiro museu brasileiro. Já o Alvorada, custa cerca de 500.000 reais por mês, o que inclui gastos com energia elétrica e jardinagem.
Apenas um dos 49 parlamentares do Rio de Janeiro (somando os 46 deputados federais e os três senadores) demonstrou qualquer preocupação em ajudar com recursos o Museu Nacional. De 2015 para cá, só Alessandro Molon (PSB-RJ) destinou uma de suas emendas parlamentares à instituição: 300.000 reais foram repassados ao órgão. Ao todo, cada congressista pode distribuir 14,8 milhões para a área ou obra que bem entender, mas eles obviamente preferem em geral investir em causa própria, porque esse dinheiro investido em educação, cultura e emprego, possivelmente não haveria mais pobreza no Brasil.
O último presidente a visitar o museu foi Juscelino Kubitscheck (1902-1976). Recentemente, nem mesmo os subalternos ao presidente vinham demonstrando qualquer afeição ao órgão. No dia em que se comemorou o bicentenário do Museu Nacional, em 9 de junho de 2018, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, estava no Rio (a cidade onde ele se graduou e foi secretário da Cultura), mas não esteve nas celebrações, em total descaso com o Museu mais famoso do Brasil.
Há algo de muito errado na escolha de quem deveria proteger a cultura no Brasil, ou de fato há décadas estão tentando destruir e eliminar qualquer forma de expressão que leve à reflexão.
