Para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no último 2 de abril, o Grupo de Pais de Autistas de Birigui e o Comude (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência) realizarão no próximo sábado (29), uma Caminhada de Conscientização sobre o Autismo.
O evento terá início às 8h30, com saída da Praça Pio XII (em frente do Território das Fábricas) em direção à praça Dr. Gama, no Centro. Para a chegada estão sendo preparadas diversas atrações para o público.
O principal objetivo da “Ação de Conscientização do Autismo – Vamos Juntos nessa Caminhada!” é chamar a atenção da população para o TEA (Transtorno do Espectro Autista), levar conhecimento sobre o transtorno ao mesmo tempo em que se busca reduzir a discriminação e o preconceito com as pessoas com TEA.
Na praça, haverá espaço informativo, com a distribuição de folders explicando “O que é o autismo”, com o apoio do Núcleo TEA (Unimed Birigui) e Espaço Terapêutico Lívia Fulgencio.
No espaço Kids serão distribuídas bexigas azuis e as crianças poderão desfrutar de atividades como tênis de mesa, pula-pula, tobogã, pintura facial e cabelo maluco.
Na praça de alimentação haverá distribuição de algodão-doce, pipoca, cachorro-quente, água e refrigerante.
Haverá ainda apresentações artísticas comandadas pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Apac (Associação de Promoção e Assistência Comunitária) e Instituto Pró-Criança.
Essa é a quinta caminhada de conscientização sobre o autismo realizada no município de Birigui, que está prestes a ganhar um núcleo de atendimento especializado, que será o pioneiro na região.
Birigui também conta com uma lei municipal desde 2014, que prevê a realização da Semana de Conscientização do Autismo, nos primeiros dias do mês de abril. Entre as ações previstas está a iluminação de prédios públicos municipais com luz na cor azul, símbolo da campanha de conscientização para o autismo.
O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interac?ão social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizado em diversos estágios da vida. Algumas podem levar uma vida relativamente independente, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo dos anos.
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral. Leia mais sobre no site do Ministério da Saúde.
Dados da ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que o TEA atinge aproximadamente dois milhões de pessoas no Brasil e 70 milhões de pessoas no mundo.